Que saudade desta vida tão bela e sem porquês.
Vida bela que sempre me compreendeste.
Bela manhã que viste acordar um dia de cada vez.
Dia manchado pela incerteza do amanhã
Amanhã tão incerto quanto fora o entardecer de hoje.
Que saudade desta vida tão bela e sem porquês.
Vida esta capaz de ser vivida um dia de cada vez,
Sim, de cada vez e sem porquês.
Desejo de modificar este destino criado,
Que mais parece ter sido sonhado.
Situação que me impede controlar o meu ser,
Ser meu que vive apenas pr’a comparecer.
Fardo pesado que me obrigas a transportar,
Ou julgas que por ti, tudo o que faço é feito a pensar?
Descansa, por ti limito-me a corresponder.
Economia que arrastas contigo,
Arrastando tudo o que é precioso pr’a mim.
Porque me obrigas a ser assim?
Porque me pressionas desta forma?
Eu ainda não sou ninguém, mas um dia sonho ser.
Como crescer assim?
Se tu nada demonstras fazer por mim.
Se eu não existisse,
O que farias sem mim?
Quem explorarias?!
Um dia vou apoderar-me de ti,
e mostrar-te o quanto sofri.
Se eu gostasse de te ver,
Mostrar-te-ia o que é sofrer,
Isto se um dia me apetecer.
Contigo sonhei aprender,
Por ti passo horas pr’a perceber,
Aquilo que te recusas a ensinar.,
Pr’a quem vale tão pouco,
Não estarás tu a tentar-me pôr-me louco?
Já percebi como te entender,
Falta-me apenas aceitar e deixar de pensar.
Copiar, emendar e dinheiro pr’a gastar,
Não me digas que é só isto que me tens pr’a ensinar??
Pensar, inovar, reflectir, incentivar, motivar… nada te diz?!
A crónica supratranscrita expõe o pesadelo dum estudante universitário, quando este mergulha no mundo do estágio.
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